O outro lado da moeda…

A escuridão do meu quarto consumia o mau ser, o oxigénio que me rodeava começara a desaparecer gradualmente, estava a sufocar. O meu corpo estava quente, como e estivesse a arder nas chamas do inferno. As lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto, sem que as conseguisse controlar. Queria parar e fugir deste pesadelo, contudo tinha vindo para ficar, pois estava presa nas correntes da incompreensão. As pessoas a minha volta não compreendiam o meu sofrimento, a dor que corria nas minhas veias para ele era insignificante, em relação aos seus problemas superficiais. Não! Não estou a dizer que s meus problemas são maiores que os dos outros ou que os deles não interessam. O problema não é esse, pois para mim todos os problemas são importantes e todos merecem encontrar uma resposta, precisam de ter uma solução.
Infelizmente, o que me está a magoar é o facto de ninguém me dar a mão, enquanto eu por mais que não consiga estou sempre lá, com um sorriso nos lábios mesmo que não possa ter, a ajudar os outros a resolver os seus problemas. Quando o faço não peço nada em troca, não o faço por interesse, todavia muitas das vezes gostaria que fizessem o mesmo quando estou mal e o mais duro é que não o fazem.
Queria um abraço, um sorriso ou que me digam “Está tudo bem, porque estou contigo!”, mesmo que não me ouvisse, isto bastava para aliviar a carga negativa que tenho sobre mim. Curiosamente, ninguém o quer fazer, pois à futilidades prioritárias.
O que me está a ferir é a ignorância do mundo que me envolve, ter de ir contra os meus princípios e corroborar da hipocrisia. Não gosto e não quero ser assim! Sair de casa com um sorriso, dizer que está tudo bem mesmo que não esteja, rir-me do que os outros dizem sem vontade para tal. Choca-me, quando as pessoas falam para mim como se fosse um objecto, como se não tivesse sentimentos.
Julgam-me logo pelas minhas acções ou pelo que profiro, mesmo que o tenha feito sem intenção ou com outro significado, as pessoas apontam o dedo e ofendem-se com tais situações, sem tentar perceber o meu lado. Não nego o que faço, nem sequer digo que não fiz, porque também cometo falhas. Não sou perfeita, nem quero ser, mas gostaria que vissem outro lado da moeda, de vez em quando.
Constantemente, dizem-me o que não quero, “gozam” com situações ou mesmo som a minha pessoa e, não tenho o direito de me ofende. Levo tudo na brincadeira, mesmo que machuque por dentro, não parto para a agressão ou mostro o meu descontentamento, prefiro fingir que não aconteceu. Só que, sou humana e não um mero bocado de ferro, por mais que o diabo me esteja a sussurrar ao ouvido e a dizer para tomar uma atitude e enfrentar os outros, gritar e demonstrar que aquele momento foi infeliz, tento não o fazer, pois não quero magoar ninguém. Então porque é que as outras pessoas não o fazem assim como eu?
Claro que não estou a pedir para que alguma coisa mude ou para que as pessoas deixem de ser quem são. Simplesmente, quero que reflictam sobre os seus actos e os sentimentos dos outros.

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