Nostalgia...

Olho para o passado e vejo a dor, o sofrimento e o amargo de uma vida. A tristeza, de quando o mundo à minha volta desmoronava, ainda assola o meu coração. Sinto dentro de mim o medo, o terror e o pânico, que sentia quando estava no meio de uma guerra. Essa guerra, não era minha. Eu era só uma menina, que não tinha culpa de ter nascido. Contudo, tive de travar a batalha e lutar contra quem me devia proteger. Foram tempos difíceis e dolorosos, mas por mais que tenham sido maus, é a minha história. Com ela, aprendi a ser melhor, fez-me crescer e ser quem sou hoje.
Felizmente, consigo olhar para trás, sorrir e continuar. Pois, mesmo que tenha vivido numa tempestade, existiram momentos em que o sol surgiu no céu. Foram esses momentos felizes, vividos tão intensamente, que recordo. Atingindo a minha alma, a saudade de um momento, de uma palavra, de uma pessoa… simplesmente a saudade do que já passou.

Rosa triste

A rosa vermelha ficou negra, entristecendo um coração e apagando a brilhante luz de uma estrela. À sua volta, tudo ficou negro, escuro e sombrio, desaparecendo a paz e alegria, tão característica do seu espírito. E nisto, a tempestade assolou a sua pobre alma, sem que nada o pudesse prever ou impedir. Simplesmente, derrubou a esperança e a coragem, sem que alguém estivesse lá para amparar, fincando, assim, sem reacção, nem refúgio para o qual pudesse fugir.

Solidão...

Sentimento amargo, que faz sentir uma profunda tristeza, e não conseguir encontrar um caminho a seguir. A solidão é quando sentimo-nos sós, mesmo estando rodeados por muita gente, é sentirmo-nos perdidos no meio de uma multidão e ficarmos isolados sem saber que direcção tomar.
Não sei para onde ir, quero fugir mas não sei para que lado hei-de ir, é como se tivesse num beco, onde só pudesse seguir uma direcção, ou a esquerda ou a direita, mas nunca seguir em frente. A sensação é estranha. Quero chorar, mas tenho medo… não quero dar parte fraca.
Então, dou por mim afastada do mundo, a isolar-me cada vez mais, para fugir à solidão. Parece controverso… mas não é. Por estar no meio de tantas pessoas, que me fazem sentir perdida e só, saio de cena com medo de me magoar ainda mais, de sofrer por confiar. Aí, escondo-me do mundo real, fico no meu canto, no meu pequeno mundo de faz de conta, onde crio a minha própria história, as minhas personagens, a minha própria vida.
Mas… quando é que acaba? Pode ser hoje, amanha ou na eternidade. Simplesmente quando surgir alguém, que tenha a coragem de me raptar daquele pequeno mundo, onde eu própria me prendi, ou simplesmente queira ficar lá comigo.

O bom da vida...

Num dia está tudo bem, no outro já está tudo mal. A vida é assim, um carrossel de sentimentos, emoções e vivências. Contudo, vamos crescendo e transformando o mau em bom e ao juntar os dois conseguimos que o tempo passe da melhor maneira e que tudo o que adquirimos fica no nosso coração, na nossa alma. Assim, a vivência tão particular e individualista, torna-se tão importante para construir a humanidade. A humanidade inconsciente, que passa despercebida aos olhos e só é visível aos corações mais atentos. Criando um universo de pequenas partículas de vida, de energias positivas, que pertencem a cada um de nós.

Naquela noite fria, só dois corpos escaldavam...


Um casal de jovens passeava de mãos dadas à beira mar, enquanto sentiam a suavidade da areia molhada nos pés e a doce brisa, que fazia esvoaçar os brilhantes cabelos dela. Ao longe avistava-se um rochedo, caminharam até lá. Repararam assim, que o sol se punha. Sentaram-se no rochedo e abraçaram-se, enquanto viam o belíssimo pôr-do-sol. Então a mão dele desliza por dentro da blusa dela, subindo cada vez mais. Até que de repente, ela olha-o bem nos olhos. Os olhos deles reflectiam luz, era maravilhoso. Ela sorri e ele beija-a. O momento é mágico. Beijam-se, enquanto as suas mãos passam suavemente na pele lisa e sedosa. Assim a roupa vai fugindo, a distância entre eles fica nula, transformando-se num único ser. Entrelaçados numa paixão que os fez provar o sabor do doce pecado.

Escrito a 9 de Junho de 2009

Amor...


Não o consigo dizer, só sentir e expressar no fundo do meu olhar. Basta saberes procurar, que vais encontrar. Aí quando o encontrares, não o escondas, não o digas. Simplesmente, deixa-me ler o teu olhar e vem ter comigo para me beijar. Esse beijo, vai expressar o que nós os dois queres-mos demonstrar. E sem saber como, o sentimento vai fluir e acabar por os nossos corações unir.

Escrito a 17 de Maio de 2009

Numa praia deserta...


No fim de um maravilhoso dia de verão, numa praia deserta. Dois amigos estavam sentados sobre graus de areia branca, a ver um lindíssimo por do sol. Até que as duas mãos suaves se tocam. Ao sentir este toque os corações aceleram. Beijam-se. Enquanto a mão dele desliza pelo seu braço e pelas suas costas, desapertando a parte de cima do biquíni. Aí as mãos dele exploram levemente aquele corpo e despertam-lhe todos os sentidos. Enquanto aqueles beijos doces no pescoço o levam ao rubro. Assim, num leve passo estão os dois corpos enrolados sobre aquela areia fina. Acordando no dia seguinte, com o sol a bater naquela pele sedosa e com a felicidade do acto magico estar concretizado.

Escrito a 10 de Maio de 2009

Dois corpos num só...


Unindo dois corpos num só. Sentindo um toque, um cheiro de uma pele escaldante, num momento único. O sentir especial num toque de magia, um toque profundo, que faz tudo valer a pena, que faz viver. As mãos a passar suavemente por um corpo e a sentir tudo aquilo que não se diz por palavras, o quanto sensível, delicado, único e maravilhoso é aquele corpo. Os lábios deslizando por uma pele sedosa, sentindo aquele calor. A junção de dois corpos num gesto eterno, num passo em que os dois matam a insaciável sede de amor, a fome dum corpo quente e macio. Num momento ardente, onde duas chamas se unem e formam um incêndio, onde duas vidas se perdem num momento incrível e inesquecível.
Escrito a 9 de Maio de 2009